08/03/2011 | Jaime C. Patias *
Em plena Terça feira de Carnaval, hoje, dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Na Bíblia, a presença das mulheres é determinante. Hoje elas são personagens importantes nas nossas comunidades e vêm conquistando espaço em todas as atividades da sociedade e da Igreja. O Brasil tem sua primeira mulher presidente e outras nove no primeiro escalão do governo. Em artigo publicado na revista Missões, Edição de Março 2011, a pedagoga Maria das Graças Cordeiro repassa a história para resgatar momentos das mulheres. "Empunhando suas bandeiras de luta, elas perdem e ganham, para definitivamente, vencerem. Elas renascem como parteiras da própria libertação", afirma a pedagoga. Apesar dos avanços, ainda há muito por conquistar em todos os setores da sociedade, inclusive na Igreja.
Na Itália, cansadas das notícias sobre corrupção e degradação moral envolvendo o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, no dia 13 de fevereiro de 2011, milhares de mulheres fizeram manifestações em 230 cidades para dizer um "basta" à exploração da imagem feminina como objeto descartável. Entre as diversas organizações, as mulheres religiosas foram representadas pela irmã Eugenia Bonetti, missionária da Consolata, com 24 anos de missão na África e larga experiência de trabalho na Itália, onde conheceu o desespero e a escravidão de tantas mulheres trazidas ao país com a promessa de uma vida confortável, para depois caírem na rede da criminalidade. "Estou aqui para dar voz aos que não têm voz, às novas escravas, vítimas do tráfico de seres humanos para exploração laboral e sexual. Para lançar um apelo forte para garantir o reconhecimento da dignidade e restaurar a verdadeira imagem de mulheres arquitetas de suas próprias vidas e de seu futuro", disse irmã Eugenia, que desde o ano 2000 trabalha em Roma como responsável pelo departamento de "Tráfico de Mulheres e Crianças" da União dos Superiores Maiores da Itália, com centenas de religiosos atuando na área.
É importante dar eco à voz sábia e profética da Vida Consagrada, nas palavras da Irmã Eugênia. Na sua corajosa denúncia, a religiosa sublinhou ainda que "a prostituição do corpo e da imagem das mulheres tornou-se parte integrante de programas de televisão e de notícias, cultura da vida cotidiana proposta para todos, inclusive para as crianças a quem nós pensamos proteger". Ao celebrarmos o Dia da Mulher é nossa missão refletir sobre sua condição, "muitas vezes considerada apenas pela beleza e aparência externa do corpo e não pela riqueza de seus verdadeiros valores como inteligência ou beleza interior, por sua capacidade de acolher, pela intuição, dom e serviço, pela sua genialidade ao transmitir o amor, a paz e a harmonia para nutrir e fazer crescer a vida".
* Jaime C. Patias, imc, é diretor da revista Missões.
Fonte: Revista Missões
terça-feira, 8 de março de 2011
O renascimento feminino cotidiano
08/03/2011 | Maria das Graças Cordeiro de Medeiros *
As mulheres lutam desde os tempos bíblicos, por dignidade própria e pelas causas sociais em que acreditam.
Este 8 de março, Dia Internacional da Mulher, reveste-se de uma importância ainda maior para as brasileiras. O país tem sua primeira mulher presidenta da República. É conquista grande, porém, não mais meritória do que as de outras mulheres que, diariamente, quebram resistências e preconceitos. Ocorre que a simbologia e a importância do cargo de presidenta da República colocam a mineira Dilma Rousseff como marco na escalada nacional das mais recentes conquistas femininas. Essa luta da mulher por reconhecimento social, intelectual e econômico vem de muito longe no calendário e na história.
Como a mídia nos recorda, tudo começou em 1857 numa fábrica de tecidos da cidade norte-americana de Nova York. Eram 129 operárias que se rebelaram contra o sistema desumano de uma carga horária de 18 horas diárias, salários inferiores aos dos homens, inexistência de folga semanal e também de férias. Para impedir a greve, os patrões fecharam as trabalhadoras no interior da fábrica e atearam fogo ao prédio. Todas morreram carbonizadas no fatídico 8 de março de 1857. A data foi consagrada à memória das vítimas e entrou para o calendário mundial como Dia Internacional da Mulher, marco da luta sem trégua pelos direitos femininos. (É importante destacar outro fato: um incêndio, só que em 25 de março de 1911 e de forma diferente da narrada pela imprensa).
Mulheres e Igreja
Em 11 de abril de 1963, Quinta-feira Santa, o papa João XXIII assinava a encíclica Pacem in Terris (Paz na Terra), código de ética e pastoral que inspira a própria Igreja e homens de boa vontade a tomarem consciência de um fenômeno que em tempos modernos muda as condições da mulher no ambiente público: "... o fato por demais conhecido do ingresso da mulher na vida pública: mais acentuado talvez em povos de civilização cristã; mais tardio, mas já em escala considerável, em povos de outras tradições e cultura. Torna-se a mulher cada vez mais cônscia da própria dignidade humana, não sofre mais o ser tratada como um objeto ou um instrumento, reivindica direitos e deveres consentâneos com sua dignidade de pessoa, tanto na vida familiar como na vida social" (Pacem in Terris, n.41).
O fato é que a Igreja se posiciona, dando uma atenção especial em se tratando da dignidade da mulher e da sua vocação. A Carta Apostólica de João Paulo II, Mulieris Dignitatem, publicada no Ano Mariano em 15 de agosto 1988, na celebração da festa da Assunção de Maria Santíssima, nos diz: "As mulheres foram escolhidas por Deus a fim de prepararem cada etapa da nossa fé e assim nos levarem a amar e a entender como o plano divino conta conosco, especialmente com as mulheres, para a sua realização total".
Ultimamente, a questão dos direitos da mulher tem adquirido um novo significado no amplo contexto dos direitos da pessoa humana. A mensagem bíblica e evangélica guarda a verdade sobre a unidade do homem e da mulher, isto é, sobre a dignidade e a vocação, que resultam da diversidade específica e originalidade pessoal de cada um. Os recursos pessoais da feminilidade certamente não são menores que os da masculinidade, mas são diversos. A mulher, portanto, - como também o homem - deve entender a sua realização como pessoa, a sua dignidade e vocação, segundo a riqueza da feminilidade, que ela recebeu no dia da criação e que herda como expressão, que lhe é peculiar, da "imagem e semelhança de Deus". Naturalmente, Deus confia todo homem a todos e a cada um. Todavia, este ato de confiar refere-se de modo especial à mulher por sua vocação materna.
Testemunhos femininos
A Igreja inspira-se nas figuras femininas do Antigo Testamento, nas mulheres do tempo de Cristo e de épocas sucessivas, até os nossos dias, para lidar com a realidade feminina. No Antigo Testamento as narrativas mostram relacionamentos recíprocos e interdependentes como base para a vida e formação do "Povo de Deus". Rebeca é apresentada como um novo Abraão, pronta para deixar a sua terra e a família e continuar a formação do povo escolhido. No livro do Êxodo, foram as mulheres, das mais pobres até a própria filha do faraó, que salvaram o menino Moisés e colaboraram para libertar o povo da escravidão. No Novo Testamento, as mulheres cristãs "emolduram a vida de Jesus como discípulas". É de singular destaque a Virgem Maria, que integra o humano e o divino em comunhão com o Deus da vida. O testemunho e as obras de mulheres cristãs tiveram um influxo significativo na vida da Igreja, como também na da sociedade. Mesmo diante de graves discriminações sociais, as mulheres santas agiram fortalecidas pela união com Cristo. Essa união e liberdade enraizadas em Deus explicam, por exemplo, as grandes obras das doutoras da Igreja Santa Catarina de Sena, da Ordem Terceira Dominicana, no século XIV, ao lutar pela unidade e pacificação dentro da própria Igreja, e da carmelita Santa Teresa D'Avila, no século XVI, influenciando a vida monástica com as reformas dos conventos femininos da sua ordem.
Hoje, a Igreja não cessa de enriquecer-se com o testemunho das mulheres que realizaram a sua vocação de santidade como Tereza de Calcutá e irmã Dulce, entre outras, religiosas dedicadas à causa de enfermos terminais, da pobreza e do abandono humano. Existem ainda mártires das próprias causas que abraçaram. Uma delas é a missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada na Amazônia por defender direitos de posseiros humildes contra grileiros poderosos. Outro testemunho é o da doutora Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, movimento que salvou, no Brasil, milhares de meninos e meninas subnutridos. Ela levou a experiência vitoriosa para o Haiti, onde foi uma das vítimas fatais do terremoto avassalador no ano passado.
O tempo passa e as lutas femininas não passam. Depois de vitórias em todos os campos, onde foi discriminada e injustiçada, a mulher acaba de ganhar mais uma batalha na guerra contra a truculência do braço armado do machismo. A Lei Maria da Penha - 11.340, aprovada no Congresso em 7 de agosto de 2006, pune com rigor homens que agredirem suas companheiras, dentro e fora de casa. Assim, empunhando suas bandeiras de luta, as mulheres perdem e ganham para definitivamente, vencerem. Elas renascem como "parteiras da própria libertação".
* Maria das Graças Cordeiro de Medeiros é pedagoga, cursa Teologia e é leiga engajada na pastoral do Batismo da Paróquia Maria Mãe de Deus, arquidiocese da Paraíba. Publicado na revista Missões, n. 02, Março de 2011.
Fonte: Revista Missões
As mulheres lutam desde os tempos bíblicos, por dignidade própria e pelas causas sociais em que acreditam.
Este 8 de março, Dia Internacional da Mulher, reveste-se de uma importância ainda maior para as brasileiras. O país tem sua primeira mulher presidenta da República. É conquista grande, porém, não mais meritória do que as de outras mulheres que, diariamente, quebram resistências e preconceitos. Ocorre que a simbologia e a importância do cargo de presidenta da República colocam a mineira Dilma Rousseff como marco na escalada nacional das mais recentes conquistas femininas. Essa luta da mulher por reconhecimento social, intelectual e econômico vem de muito longe no calendário e na história.
Como a mídia nos recorda, tudo começou em 1857 numa fábrica de tecidos da cidade norte-americana de Nova York. Eram 129 operárias que se rebelaram contra o sistema desumano de uma carga horária de 18 horas diárias, salários inferiores aos dos homens, inexistência de folga semanal e também de férias. Para impedir a greve, os patrões fecharam as trabalhadoras no interior da fábrica e atearam fogo ao prédio. Todas morreram carbonizadas no fatídico 8 de março de 1857. A data foi consagrada à memória das vítimas e entrou para o calendário mundial como Dia Internacional da Mulher, marco da luta sem trégua pelos direitos femininos. (É importante destacar outro fato: um incêndio, só que em 25 de março de 1911 e de forma diferente da narrada pela imprensa).
Mulheres e Igreja
Em 11 de abril de 1963, Quinta-feira Santa, o papa João XXIII assinava a encíclica Pacem in Terris (Paz na Terra), código de ética e pastoral que inspira a própria Igreja e homens de boa vontade a tomarem consciência de um fenômeno que em tempos modernos muda as condições da mulher no ambiente público: "... o fato por demais conhecido do ingresso da mulher na vida pública: mais acentuado talvez em povos de civilização cristã; mais tardio, mas já em escala considerável, em povos de outras tradições e cultura. Torna-se a mulher cada vez mais cônscia da própria dignidade humana, não sofre mais o ser tratada como um objeto ou um instrumento, reivindica direitos e deveres consentâneos com sua dignidade de pessoa, tanto na vida familiar como na vida social" (Pacem in Terris, n.41).
O fato é que a Igreja se posiciona, dando uma atenção especial em se tratando da dignidade da mulher e da sua vocação. A Carta Apostólica de João Paulo II, Mulieris Dignitatem, publicada no Ano Mariano em 15 de agosto 1988, na celebração da festa da Assunção de Maria Santíssima, nos diz: "As mulheres foram escolhidas por Deus a fim de prepararem cada etapa da nossa fé e assim nos levarem a amar e a entender como o plano divino conta conosco, especialmente com as mulheres, para a sua realização total".
Ultimamente, a questão dos direitos da mulher tem adquirido um novo significado no amplo contexto dos direitos da pessoa humana. A mensagem bíblica e evangélica guarda a verdade sobre a unidade do homem e da mulher, isto é, sobre a dignidade e a vocação, que resultam da diversidade específica e originalidade pessoal de cada um. Os recursos pessoais da feminilidade certamente não são menores que os da masculinidade, mas são diversos. A mulher, portanto, - como também o homem - deve entender a sua realização como pessoa, a sua dignidade e vocação, segundo a riqueza da feminilidade, que ela recebeu no dia da criação e que herda como expressão, que lhe é peculiar, da "imagem e semelhança de Deus". Naturalmente, Deus confia todo homem a todos e a cada um. Todavia, este ato de confiar refere-se de modo especial à mulher por sua vocação materna.
Testemunhos femininos
A Igreja inspira-se nas figuras femininas do Antigo Testamento, nas mulheres do tempo de Cristo e de épocas sucessivas, até os nossos dias, para lidar com a realidade feminina. No Antigo Testamento as narrativas mostram relacionamentos recíprocos e interdependentes como base para a vida e formação do "Povo de Deus". Rebeca é apresentada como um novo Abraão, pronta para deixar a sua terra e a família e continuar a formação do povo escolhido. No livro do Êxodo, foram as mulheres, das mais pobres até a própria filha do faraó, que salvaram o menino Moisés e colaboraram para libertar o povo da escravidão. No Novo Testamento, as mulheres cristãs "emolduram a vida de Jesus como discípulas". É de singular destaque a Virgem Maria, que integra o humano e o divino em comunhão com o Deus da vida. O testemunho e as obras de mulheres cristãs tiveram um influxo significativo na vida da Igreja, como também na da sociedade. Mesmo diante de graves discriminações sociais, as mulheres santas agiram fortalecidas pela união com Cristo. Essa união e liberdade enraizadas em Deus explicam, por exemplo, as grandes obras das doutoras da Igreja Santa Catarina de Sena, da Ordem Terceira Dominicana, no século XIV, ao lutar pela unidade e pacificação dentro da própria Igreja, e da carmelita Santa Teresa D'Avila, no século XVI, influenciando a vida monástica com as reformas dos conventos femininos da sua ordem.
Hoje, a Igreja não cessa de enriquecer-se com o testemunho das mulheres que realizaram a sua vocação de santidade como Tereza de Calcutá e irmã Dulce, entre outras, religiosas dedicadas à causa de enfermos terminais, da pobreza e do abandono humano. Existem ainda mártires das próprias causas que abraçaram. Uma delas é a missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada na Amazônia por defender direitos de posseiros humildes contra grileiros poderosos. Outro testemunho é o da doutora Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, movimento que salvou, no Brasil, milhares de meninos e meninas subnutridos. Ela levou a experiência vitoriosa para o Haiti, onde foi uma das vítimas fatais do terremoto avassalador no ano passado.
O tempo passa e as lutas femininas não passam. Depois de vitórias em todos os campos, onde foi discriminada e injustiçada, a mulher acaba de ganhar mais uma batalha na guerra contra a truculência do braço armado do machismo. A Lei Maria da Penha - 11.340, aprovada no Congresso em 7 de agosto de 2006, pune com rigor homens que agredirem suas companheiras, dentro e fora de casa. Assim, empunhando suas bandeiras de luta, as mulheres perdem e ganham para definitivamente, vencerem. Elas renascem como "parteiras da própria libertação".
* Maria das Graças Cordeiro de Medeiros é pedagoga, cursa Teologia e é leiga engajada na pastoral do Batismo da Paróquia Maria Mãe de Deus, arquidiocese da Paraíba. Publicado na revista Missões, n. 02, Março de 2011.
Fonte: Revista Missões
sábado, 5 de março de 2011
PROGRAMAÇÃO DAS OLIMPÍADAS
PREVISÕES DE PAI JOSÉ SIMÃO PARA AS OLIMPÍADAS NO RIO - 2016 De 2010 a 2015 NO BRASIL VARONIL
1. ONGs vão pipocar dizendo que apóiam o esporte, tiram crianças das ruas e as afastam das drogas. Após as olimpíadas estas ONGs desaparecerão e serão investigadas por desvio de dinheiro público. Ninguém será preso ou indiciado.
2. Um grupo de funk vai fazer sucesso com uma música que diz: vou pegar na tua tocha e você põe na minha pira.
3. Uma escola de samba vai homenagear os jogos, rimando “barão de coubertin” com “sol da manhã”. Gilberto Gil virá no último carro alegórico vestido de lamê dourado representando o “espírito olímpico do carioca visitando a corte do Olimpo num dia de sol ao raiar do fogo da vitoria”.
4. Haverá um concurso para nomear a mascote dos jogos que será um desenho misturando um índio, o sol do Rio, o Pão de Açúcar e o carnaval, criado por Hans Donner. Os finalistas terão nomes como: “Zé do Olimpo”, “Chico Tochinha” e “Kaíque Maratoninha”.
5. Luciano Huck vai eleger a Musa dos jogos, concurso que durará um ano e elegerá uma modelo chamada Kathy Mileine Suellen da Silva.
Abertura dos jogos
1. A tocha olímpica será roubada ao passar pela baixada fluminense. O COB vai encomendar outra com urgência para um carnavalesco da Beija flor.
2. Zeca Pagodinho, Dudu Nobre e a bateria da Mangueira farão um show na praia de Copacabana para comemorar a chegada do fogo olímpico ao Rio. Por motivo de segurança, Zeca Pagodinho será impedido de ficar a menos de 500 metros da tocha.
3. Durante o percurso da tocha, os brasileiros vão invadir a rua e correr ao lado dela carregando cartolinas cor de rosa onde se lê GALVÃO FILMA NÓIS, 100% FAVELA DO RATO MOLHADO.
4. Pelé vai errar o nome do presidente do COI, discursar em um inglês de merda elogiando o povo carioca e, ao final, vai tropeçar no carpete que foi colado 15 minutos antes do início da cerimônia.
5. Claudia Leite e Ivete Sangalo vão cantar o “Hino das Olimpíadas” composto por Latino e MC Medalha. As duas vão duelar durante a música para aparecer mais na TV.
6. O Hino Nacional Brasileiro será entoado a capella por uma arrependida Vanuza, que jura que "não bota uma gota de álcool na boca desde a última copa". A platéia vai errar a letra, em homenagem a ela, chorar como se entendesse o que está cantando, e aplaudir no final como se fosse um gol.
7. Uma brasileira vai ser filmada varias vezes com um top amarelo, um shortinho verde e a bandeira dos jogos pintada na cara. Ela posará para a Playboy sem o top e sem o shortinho e com a bandeira pintada na bunda.
8. Por falta de gás na última hora, já que a cerimônia só foi ensaiada durante a madrugada, a pira não vai funcionar. Zeca Pagodinho será o substituto temporário já que a Brahma é um dos patrocinadores. Em entrevista ao Fantástico ele dirá que não se lembra direito do fato.
9. Setenta e quatro passistas de fio-dental vão iniciar a cerimônia mostrando o legado cultural do Rio ao mundo: a bala perdida, o trafico, o funk, o sequestro-relâmpago e a favela.
10. Durante os jogos de tênis a platéia brasileira vai vaiar os jogadores argentinos obrigando o árbitro a pedir silencio 774 vezes. Como ele pedirá em inglês ninguém vai entender e vão continuar vaiando. Galvão Bueno vai dizer que vaiar é bom, mas vaiar os argentinos é melhor ainda. Oscar concordará e depois pedirá desculpas chorando no programa do Gugu.
11. Um simpático cachorro vira-lata furará o esquema de segurança invadindo o desfile da delegação jamaicana. Será carregado por um dos atletas e permanecerá no gramado do Maracanã durante toda a cerimônia. Será motivo de 200 reportagens, apelidado de Marley, e será adotado por uma modelo emergente que ficará com dó do pobre animalzinho e dirá que ele é gente como a gente.
12. Adriane Galisteu posará para a capa de CARAS ao lado do grande amor da sua vida, um executivo do COB.
13. Os pombos soltos durante a cerimônia serão alvejados por tiros disparados por uma favela próxima e vendidos assados na saída do maracanã por “dois real”.
Durante os jogos
1. Caetano Veloso dará entrevista dizendo que o Rio é lindo, a cerimônia de abertura foi linda e que aquele negão da camiseta 74 da seleção americana de basquete é mais lindo ainda.
2. Uma modelo-manequim-piranha-atriz-exBBB vai engravidar de um jogador de hóquei americano. Sua mãe vai dar entrevista na Luciana Gimenez dizendo que sua filha era virgem até ontem, apesar de ter namorado 74 homens nos últimos seis meses, e que o atleta americano a seduziu com falsas promessas de vida nos EUA. Após o nascimento do bebê ela posará nua e terá um programa de fofocas numa rede de TV.
3. No primeiro dia os EUA, a China e o Canadá já somarão 74 medalhas de ouro, 82 de prata e 4 de bronze. Os jornalistas brasileiros vão dizer a cada segundo que o Brasil é esperança de medalha em 200 modalidades e certeza de medalha em outras 64.
4. Faltando 3 dias para o fim dos jogos, o Brasil terá 3 medalhas de bronze e 1 de ouro, esta ganha por atletas desconhecidos no esporte “caiaque em dupla”. Eles vão ser idolatrados por 15 minutos (somando todas as emissoras abertas e a cabo) como exemplos de força e determinação. A Hebe vai dizer que eles são “uma gracinha” ao posarem mordendo a medalha, e nunca mais se ouvirá deles.
5. A seleção brasileira de futebol comanda por Ronaldo Fenômeno vai chegar como favorita. Passara fácil pela primeira fase e entrará de salto alto na fase final, perdendo para seleção de Sumatra.
6. A seleção americana de vôlei visitará uma escola patrocinada pelo Criança Esperança. Três meninos vão ganhar uma bola e um uniforme completo dos jogadores, sendo roubados e deixados pelados no dia seguinte.
7. Os traficantes da Rocinha vão roubar aquele pó branco que os ginastas passam na mão. Um atleta cubano será encontrado morto numa boate do Baixo Leblon depois de cheirá-lo. O COB, a fim de não atrasar as competições de ginástica, vai substituir o tal pó pelo cimento estocado nos fundos do ginásio inacabado.
8. Um atleta brasileiro nunca visto antes terminará em 57º lugar na sua modalidade e roubará a cena ao levantar a camiseta mostrando outra onde se lê: JARDIM MATILDE NA VEIA.
9. Vários atletas brasileiros apontados como promessa de medalha serão eliminados logo no inicio da competição. Suas provas serão reprisadas em 'slow motion' e 400 horas de programas de debate esportivo vão analisar os motivos das suas falhas.
Após os jogos
1. Um boxeador brasileiro negro de 1,85m estrelará um filme pornô para pagar as despesas que teve para estar nos jogos e por não obter patrocínio.
2. Faustão entrevistará os atletas brasileiros que não ganharam medalhas. Não os deixará pronunciar uma palavra sequer, mas dirá que esses caras são exemplos no profissional tanto quanto no pessoal, amigos dos amigos, e outras besteiras.
3. No início do ano seguinte, vários bebês de olhos azuis virão ao mundo e as filas para embarque nos voos para a Itália, Portugal e Alemanha serão intermináveis, com mães "ofendidas", segurando seus rebentos...
1. ONGs vão pipocar dizendo que apóiam o esporte, tiram crianças das ruas e as afastam das drogas. Após as olimpíadas estas ONGs desaparecerão e serão investigadas por desvio de dinheiro público. Ninguém será preso ou indiciado.
2. Um grupo de funk vai fazer sucesso com uma música que diz: vou pegar na tua tocha e você põe na minha pira.
3. Uma escola de samba vai homenagear os jogos, rimando “barão de coubertin” com “sol da manhã”. Gilberto Gil virá no último carro alegórico vestido de lamê dourado representando o “espírito olímpico do carioca visitando a corte do Olimpo num dia de sol ao raiar do fogo da vitoria”.
4. Haverá um concurso para nomear a mascote dos jogos que será um desenho misturando um índio, o sol do Rio, o Pão de Açúcar e o carnaval, criado por Hans Donner. Os finalistas terão nomes como: “Zé do Olimpo”, “Chico Tochinha” e “Kaíque Maratoninha”.
5. Luciano Huck vai eleger a Musa dos jogos, concurso que durará um ano e elegerá uma modelo chamada Kathy Mileine Suellen da Silva.
Abertura dos jogos
1. A tocha olímpica será roubada ao passar pela baixada fluminense. O COB vai encomendar outra com urgência para um carnavalesco da Beija flor.
2. Zeca Pagodinho, Dudu Nobre e a bateria da Mangueira farão um show na praia de Copacabana para comemorar a chegada do fogo olímpico ao Rio. Por motivo de segurança, Zeca Pagodinho será impedido de ficar a menos de 500 metros da tocha.
3. Durante o percurso da tocha, os brasileiros vão invadir a rua e correr ao lado dela carregando cartolinas cor de rosa onde se lê GALVÃO FILMA NÓIS, 100% FAVELA DO RATO MOLHADO.
4. Pelé vai errar o nome do presidente do COI, discursar em um inglês de merda elogiando o povo carioca e, ao final, vai tropeçar no carpete que foi colado 15 minutos antes do início da cerimônia.
5. Claudia Leite e Ivete Sangalo vão cantar o “Hino das Olimpíadas” composto por Latino e MC Medalha. As duas vão duelar durante a música para aparecer mais na TV.
6. O Hino Nacional Brasileiro será entoado a capella por uma arrependida Vanuza, que jura que "não bota uma gota de álcool na boca desde a última copa". A platéia vai errar a letra, em homenagem a ela, chorar como se entendesse o que está cantando, e aplaudir no final como se fosse um gol.
7. Uma brasileira vai ser filmada varias vezes com um top amarelo, um shortinho verde e a bandeira dos jogos pintada na cara. Ela posará para a Playboy sem o top e sem o shortinho e com a bandeira pintada na bunda.
8. Por falta de gás na última hora, já que a cerimônia só foi ensaiada durante a madrugada, a pira não vai funcionar. Zeca Pagodinho será o substituto temporário já que a Brahma é um dos patrocinadores. Em entrevista ao Fantástico ele dirá que não se lembra direito do fato.
9. Setenta e quatro passistas de fio-dental vão iniciar a cerimônia mostrando o legado cultural do Rio ao mundo: a bala perdida, o trafico, o funk, o sequestro-relâmpago e a favela.
10. Durante os jogos de tênis a platéia brasileira vai vaiar os jogadores argentinos obrigando o árbitro a pedir silencio 774 vezes. Como ele pedirá em inglês ninguém vai entender e vão continuar vaiando. Galvão Bueno vai dizer que vaiar é bom, mas vaiar os argentinos é melhor ainda. Oscar concordará e depois pedirá desculpas chorando no programa do Gugu.
11. Um simpático cachorro vira-lata furará o esquema de segurança invadindo o desfile da delegação jamaicana. Será carregado por um dos atletas e permanecerá no gramado do Maracanã durante toda a cerimônia. Será motivo de 200 reportagens, apelidado de Marley, e será adotado por uma modelo emergente que ficará com dó do pobre animalzinho e dirá que ele é gente como a gente.
12. Adriane Galisteu posará para a capa de CARAS ao lado do grande amor da sua vida, um executivo do COB.
13. Os pombos soltos durante a cerimônia serão alvejados por tiros disparados por uma favela próxima e vendidos assados na saída do maracanã por “dois real”.
Durante os jogos
1. Caetano Veloso dará entrevista dizendo que o Rio é lindo, a cerimônia de abertura foi linda e que aquele negão da camiseta 74 da seleção americana de basquete é mais lindo ainda.
2. Uma modelo-manequim-piranha-atriz-exBBB vai engravidar de um jogador de hóquei americano. Sua mãe vai dar entrevista na Luciana Gimenez dizendo que sua filha era virgem até ontem, apesar de ter namorado 74 homens nos últimos seis meses, e que o atleta americano a seduziu com falsas promessas de vida nos EUA. Após o nascimento do bebê ela posará nua e terá um programa de fofocas numa rede de TV.
3. No primeiro dia os EUA, a China e o Canadá já somarão 74 medalhas de ouro, 82 de prata e 4 de bronze. Os jornalistas brasileiros vão dizer a cada segundo que o Brasil é esperança de medalha em 200 modalidades e certeza de medalha em outras 64.
4. Faltando 3 dias para o fim dos jogos, o Brasil terá 3 medalhas de bronze e 1 de ouro, esta ganha por atletas desconhecidos no esporte “caiaque em dupla”. Eles vão ser idolatrados por 15 minutos (somando todas as emissoras abertas e a cabo) como exemplos de força e determinação. A Hebe vai dizer que eles são “uma gracinha” ao posarem mordendo a medalha, e nunca mais se ouvirá deles.
5. A seleção brasileira de futebol comanda por Ronaldo Fenômeno vai chegar como favorita. Passara fácil pela primeira fase e entrará de salto alto na fase final, perdendo para seleção de Sumatra.
6. A seleção americana de vôlei visitará uma escola patrocinada pelo Criança Esperança. Três meninos vão ganhar uma bola e um uniforme completo dos jogadores, sendo roubados e deixados pelados no dia seguinte.
7. Os traficantes da Rocinha vão roubar aquele pó branco que os ginastas passam na mão. Um atleta cubano será encontrado morto numa boate do Baixo Leblon depois de cheirá-lo. O COB, a fim de não atrasar as competições de ginástica, vai substituir o tal pó pelo cimento estocado nos fundos do ginásio inacabado.
8. Um atleta brasileiro nunca visto antes terminará em 57º lugar na sua modalidade e roubará a cena ao levantar a camiseta mostrando outra onde se lê: JARDIM MATILDE NA VEIA.
9. Vários atletas brasileiros apontados como promessa de medalha serão eliminados logo no inicio da competição. Suas provas serão reprisadas em 'slow motion' e 400 horas de programas de debate esportivo vão analisar os motivos das suas falhas.
Após os jogos
1. Um boxeador brasileiro negro de 1,85m estrelará um filme pornô para pagar as despesas que teve para estar nos jogos e por não obter patrocínio.
2. Faustão entrevistará os atletas brasileiros que não ganharam medalhas. Não os deixará pronunciar uma palavra sequer, mas dirá que esses caras são exemplos no profissional tanto quanto no pessoal, amigos dos amigos, e outras besteiras.
3. No início do ano seguinte, vários bebês de olhos azuis virão ao mundo e as filas para embarque nos voos para a Itália, Portugal e Alemanha serão intermináveis, com mães "ofendidas", segurando seus rebentos...
Forum Estadual de Educação de Jovens e Adultos - SP

Relatório da Plenária Final do dia 26/02/2011
Local: Câmara Municipal de São Paulo. Viaduto Jacareí, 100 - Centro - São Paulo.
Horário: 09h00-14h00
Estavam presentes na plenária: Alan Mazoni Alves, Maria Aparecida Antunes Horta e Maria Tereza Secco (CECIR), Vinicius Xavier (EJA-EMBU), Carolina Roland (SESI), Célia Verna, Juraci de Oliveira e Felipe Athayde Melo, (FUNAP), Iraci Ferreira (ESPAÇO), Agnes Castro, Victor Hugo Batista e Luis Felipe Soares (Ação Educativa), Claudete Alves, Izaura Naomi, Conceição Aparecida e Gessy de Oliveira (SME-Mauá), Jorge Rodrigo e Francisca Inácia (MOVA-Guarulhos), Antônio Coelho, Siméia de Matos e Izilda Corrêa (CIEJA-Cambuci), Carla Maio (SME Guarulhos), Rosemeira Colin (SME-Rio Claro), Adriana Cammarosano (Américo Brasiliense), Neide Barbosa (EMBU das Artes), Vila Araujo (ASPF), Maria Clara Di Pierro (FEUSP), Arcilei Celio (SME Várzea Paulista), Izalto Junior (FUMEC Campinas), Vinicius Zammataro (Embu), Idalina de Andrade (Getulina), Ingrid Ramanush e Nicolas Ramanush (Embaixada Cigana), Cleusa Ramos e Mauro Olintras (Diadema), Ophelis Françoso (Editora Moderna), Daniela Aparecida (SME Itatiba), Aparecida Donizetti (SME Guapiaçu), Dulcinéia Ferreira (UFSCAR), Maria Barbosa e Fabiola Pereira (MOVA-ABC), Andréa Gonçalves (Piracaia), Maura Augusta (PROGER), Janis Kunrath (Associação Cantareira), Adriana Silva e Tereza Jeronimo (SME SBC), Iva Mendes (MOVA-SP), Maria Lídia (Caminho Novo), Sonia Cabral (Centro Sócio Educacional), Alexandre Luiz e Elisabete Laurencino (SME Matão), Cláudia Aparecida (Departamento de Educação), Adriana Piccolo, Erica Manzini e Susana Aparecida.
1 – Parte Formativa:
A reunião iniciou com a exposição de Felipe Athayde Lins de Melo, Superintendente de Formação, Capacitação e Valorização Humana da FUNAP - Fundação Dr.Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel, que abordou os efeitos das Diretrizes Nacionais para a oferta de Educação nas prisões.
A FUNAP, instituída há mais de 30 anos, é vinculada à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. Atualmente atende 150 presídios, 120 destes têm escolas com cursos presenciais ministrados por 53 educadores da FUNAP e estagiários, que fazem a monitoria para os presos e são auxiliares para processo de ensino e aprendizagem. Os critérios para ser monitor auxiliar são o ensino médio completo, boa produção textual e análise da sua vida em relação às leis. As aulas são distribuídas em duas horas pela manhã, e duas horas à tarde. Felipe Athayde ressalta que o tempo disponível para o preso tratar da educação está dentro de seis horas diárias, juntamente com o trabalho.
Ao ser questionado a respeito dos mecanismos de monitoria da FUNAP, em relação às diretrizes nacionais, que diz que o educador deve ser formado e tenha licenciatura para exercer a profissão professor, Felipe explica que as normatizações prisionais ainda apontam esta diretriz como prioritária não como exclusiva, além de que a rotatividade do monitor auxiliar é alta, chegando a ter raros casos que ficam dois anos em determinada localidade.
A FUNAP não tem encaminhamentos de demanda para o Estado com relação ao PROJOVEM, argumentando que o Estado não está proposto a fazer esse convênio. Contudo, pela primeira vez, este ano foi possível um diálogo com a Secretaria de Educação a fim de tratar possíveis maneiras de trabalhar a educação nas prisões.
2 – Embaixada Cigana no Brasil:
Após a exposição de Felipe Athayde, o Professor Nicolas Ramanush, representante da Embaixada Cigana do Brasil, fez um relato sobre a situação educacional dessa população no país.
Os ciganos chegaram ao Brasil em 1564 como degredados e até hoje permanecem como cidadãos sem cidadania. Em 2006 o governo Federal fez uma pesquisa, que deu visibilidade a partir da cultura, mais isso é ainda muito pouco para a garantia de todos os direitos. A Embaixada trabalha com a minimização dos preconceitos e estereótipos, que acabam por vezes não permitindo que a criança curse o ensino regular devido à grande pressão sofrida pelo preconceito dos colegas. Pelos dados coletados por essa ONG, existem 300.000 jovens e adultos que precisam de acesso a educação, mas não conseguem porque ainda não são portadores do registro geral, e nem outro documento. Nicolas deixou seu contato em www.embaixadacigana.com.br.
3 – Informes
• EREJA – Encontro Regional de Educação de Jovens e Adultos:
O Fórum propõe a realização do EREJA mesmo que não haja financiamento público. Agnes – Ação Educativa - e Dulce - UFSCAR - irão integrar a comissão organizadora.
• SECADI - Secretaria de Educação Continuada de Alfabetização Diversidade e Inclusão :
Foi acrescentado o “I” em SECAD indicando Inclusão. Chefe - Claudia Dutra, que antes estava à frente da Secretária de Inclusão, é a responsável chefe da nova. O diretor é Mauro Silva e Carmem Gatto é a nova coordenadora.
• Estado de São Paulo:
Secretário de Educação, Herman Voorwald, foi gestor da UNESP, Adjunto João Palma. Ambos apesar de serem do mesmo partido das gestões anteriores, fazem parte de correntes distantes ao Serra e Fernando Henrique.
4 – Encaminhamentos
• Agendar encontro com Pedro Pontual, articulador do governo com as entidades e os movimentos sociais, para influenciar na agenda de educação de jovens e adultos, e colocá-la como pauta nesse novo governo.
• Tentar um diálogo com o João Palma.
• Criar proximidade com o Conselho Estadual de Educação, que na sua presidência Artur Costa.
• A Universidade de São Carlos está preparando um evento pelos os noventa anos de Paulo Freire que acontecerá neste ano.
• Será realizada uma reunião dia 14/03 com as pessoas interessadas em discutir documento para o EREJA. Local a ser confirmado pela Adriana Pereira.
Povos Indígenas:
Julgamento do Caso Veron encerra ciclo de impunidade
01/03/2011 | MPF MS
Condenação dos réus é precedente histórico na luta pelos direitos indígenas. Outros 24 réus aguardam julgamento pelos crimes, entre eles o mandante.
O julgamento dos acusados pela morte do cacique guarani-kaiowá Marcos Veron é um marco histórico e jurídico na luta contra a violência aos indígenas em Mato Grosso do Sul. Na última sexta-feira (25), três réus foram condenados a 12 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por sequestro, tortura e lesão corporal a seis indígenas, além de formação de quadrilha armada e fraude processual.
Dois acusados do crime, Jorge Insabralde e Estevão Romero, foram totalmente condenados de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Já Carlos Roberto dos Santos foi absolvido de uma das acusações. Os jurados reconheceram a participação de Carlos no assassinato do cacique Marcos Veron. Ele imobilizou o indígena para que Nivaldo Alves de Oliveira - que está foragido - desferisse as coronhadas fatais. Mesmo reconhecido como coautor do crime, ele foi absolvido, em votação apertada: 3 jurados a favor da condenação e 4 contra.
A absolvição segue o novo regramento trazido pela modificação no Código de Processo Penal, através da Lei nº 11.689/2008, que passou a admitir a possibilidade do réu ser considerado autor de um crime e mesmo assim ser absolvido, como no caso em questão. O MPF estuda a possibilidade de recurso contra a sentença e aguarda pronunciamento da Justiça Federal sobre a segunda denúncia referente ao caso Veron.
24 réus aguardam julgamento
Ajuizada em 2008, a denúncia do Ministério Público Federal contra outras 24 pessoas envolvidas nos crimes contra os indígenas foi recebida em fevereiro de 2010. Os 24 denunciados são agora réus perante a Justiça e aguardam julgamento. Entre eles, estão um Policial Militar e o dono da fazenda Brasília do Sul, Jacintho Onório da Silva Filho. Jacintho foi identificado como o mentor intelectual e financeiro dos crimes, sendo responsável pela contratação de pessoas, fornecimento de veículos, alimentação, armas e munições, além de planejar os ataques aos indígenas acampados na fazenda, que ocorreram em 12 e 13 de janeiro de 2003, resultando na morte do cacique Marcos Veron.
Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado (7 vezes), tortura, sequestro (7 vezes), formação de quadrilha armada e dano qualificado. O processo tramita na Justiça Federal de Dourados.
Entenda o caso
Acampados na Fazenda Brasília do Sul, em Juti, região sul do estado, na área reivindicada por eles como Tekohá Takuara, os kaiowá sofreram ataques nos dias 12 e 13 de janeiro de 2003, de um grupo de trinta a quarenta homens armados que foram contratados para agredilos e expulsá-los daquelas terras.
No dia 12, um veículo dos indígenas com 2 mulheres, um rapaz de 14 anos e 3 crianças de 6, 7 e 11 anos foi perseguido por 8 km, sob tiros. Na madrugada do dia 13, os agressores atacaram o acampamento a tiros. Sete índios foram sequestrados, amarrados na carroceria de uma camionete e levados para local distante da fazenda, onde passaram por sessão de tortura. Um dos filhos de Veron, Ládio, quase foi queimado vivo. A filha dele, Geisabel, grávida de sete meses, foi arrastada pelos cabelos e espancada. Marcos Veron, à época com 73 anos, foi agredido com socos, pontapés e coronhadas de espingarda na cabeça. Ele morreu por traumatismo craniano.
Fonte: www.prms.mpf.com.br
COMENTÁRIO: iva mendes
03/03/2011 12:47
caso Verom
Comentar esse artigo, para algumas pessoas deve ser fácil. Com certeza todos diriam, esses criminosos tem que apodrecer na cadeia! Seria esta a minha opinião há dois anos atrás. Hoje como coordenadora de pastoral carcerária, já não tenho mais a mesma opinião. Não digo esses criminosos, mas sim pessoas, por incrível que pareça. Esses seres humanos devem sim pagar pelos crimes que cometeram, mais me pergunto, de que forma? Trancafiados atrás das grades de uma sela prisional? Longe do convívio social? Será que cadeia ensina alguma coisa pra alguém? Manter esses apenados longe do comvívio social e da realidade lhes ensinará serem pessoas melhores? E com as prisões desses culpados as vítimas terão suas vidas de volta? Acabará a saudade deixada aos familiares por seus entes queridos assassinados? E as cicatrizes externas e internas deixadas nos torturados, se apagará? Amigos(as), a resposta é óbivia, nada acontece, nem por parte das vítimas muito menos por parte dos culpados. Daqui á dez ou mais anos no termino de suas penas, esses culpados estarão com o mesmo penssamento criminoso da época do crime ou muito pior do que isso.
Já passou da hora de haver uma grande mudança na lei. É preciso que haja novas formas de cuprimento de penas, o governo precisa imvestir em escolas de reeducação penais ou criminais, construções de centro de educação e trabalho para que as pessoas que cometam delitos possam viver até o cumprimento de suas penas, mais trabalhando e estudando, aprendendo a valorizar a vida, o respeito à sociedade, o dever e execício da cidadania.
E com tudo isso, ao longo de suas penas, aprender cursos profissionalizantes para que quando em liberdade os mesmos possam ser inseridos no mercado de trabalho dignamente.
Temos hoje só no Estado de São Paulo, cerca de 175.000 detentos. Cada detento, chega custar mais de mil reais mensais aos cofres pulblicos. Se todo esse dinheiro que é gasto em construção de penitenciárias fosse investido em centros de reeducação e trabalho para apenados, com certeza havería uma grande trasfomação do cidadão e não uma promoção do crime.
Aos povos indígenas minhas condolências e descupas por ser filha de um país que não reconhece e não respeita os verdaderios donos dessa terra chamada Brasil.
E aos culpados, também lhes peço desculpas por essa sociedade em geral que também tem uma boa percela de culpa em tudo isso, por esses nossos governos burocratas que não investem em trabalho, cultura e educação para que a população cresça com pespectiva de vida e se faça uma sociedade mais justa, mais igualitária e humanitária, onde não haja tanta criminalidade.
Iva Mendes.
01/03/2011 | MPF MS
Condenação dos réus é precedente histórico na luta pelos direitos indígenas. Outros 24 réus aguardam julgamento pelos crimes, entre eles o mandante.
O julgamento dos acusados pela morte do cacique guarani-kaiowá Marcos Veron é um marco histórico e jurídico na luta contra a violência aos indígenas em Mato Grosso do Sul. Na última sexta-feira (25), três réus foram condenados a 12 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por sequestro, tortura e lesão corporal a seis indígenas, além de formação de quadrilha armada e fraude processual.
Dois acusados do crime, Jorge Insabralde e Estevão Romero, foram totalmente condenados de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Já Carlos Roberto dos Santos foi absolvido de uma das acusações. Os jurados reconheceram a participação de Carlos no assassinato do cacique Marcos Veron. Ele imobilizou o indígena para que Nivaldo Alves de Oliveira - que está foragido - desferisse as coronhadas fatais. Mesmo reconhecido como coautor do crime, ele foi absolvido, em votação apertada: 3 jurados a favor da condenação e 4 contra.
A absolvição segue o novo regramento trazido pela modificação no Código de Processo Penal, através da Lei nº 11.689/2008, que passou a admitir a possibilidade do réu ser considerado autor de um crime e mesmo assim ser absolvido, como no caso em questão. O MPF estuda a possibilidade de recurso contra a sentença e aguarda pronunciamento da Justiça Federal sobre a segunda denúncia referente ao caso Veron.
24 réus aguardam julgamento
Ajuizada em 2008, a denúncia do Ministério Público Federal contra outras 24 pessoas envolvidas nos crimes contra os indígenas foi recebida em fevereiro de 2010. Os 24 denunciados são agora réus perante a Justiça e aguardam julgamento. Entre eles, estão um Policial Militar e o dono da fazenda Brasília do Sul, Jacintho Onório da Silva Filho. Jacintho foi identificado como o mentor intelectual e financeiro dos crimes, sendo responsável pela contratação de pessoas, fornecimento de veículos, alimentação, armas e munições, além de planejar os ataques aos indígenas acampados na fazenda, que ocorreram em 12 e 13 de janeiro de 2003, resultando na morte do cacique Marcos Veron.
Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado (7 vezes), tortura, sequestro (7 vezes), formação de quadrilha armada e dano qualificado. O processo tramita na Justiça Federal de Dourados.
Entenda o caso
Acampados na Fazenda Brasília do Sul, em Juti, região sul do estado, na área reivindicada por eles como Tekohá Takuara, os kaiowá sofreram ataques nos dias 12 e 13 de janeiro de 2003, de um grupo de trinta a quarenta homens armados que foram contratados para agredilos e expulsá-los daquelas terras.
No dia 12, um veículo dos indígenas com 2 mulheres, um rapaz de 14 anos e 3 crianças de 6, 7 e 11 anos foi perseguido por 8 km, sob tiros. Na madrugada do dia 13, os agressores atacaram o acampamento a tiros. Sete índios foram sequestrados, amarrados na carroceria de uma camionete e levados para local distante da fazenda, onde passaram por sessão de tortura. Um dos filhos de Veron, Ládio, quase foi queimado vivo. A filha dele, Geisabel, grávida de sete meses, foi arrastada pelos cabelos e espancada. Marcos Veron, à época com 73 anos, foi agredido com socos, pontapés e coronhadas de espingarda na cabeça. Ele morreu por traumatismo craniano.
Fonte: www.prms.mpf.com.br
COMENTÁRIO: iva mendes
03/03/2011 12:47
caso Verom
Comentar esse artigo, para algumas pessoas deve ser fácil. Com certeza todos diriam, esses criminosos tem que apodrecer na cadeia! Seria esta a minha opinião há dois anos atrás. Hoje como coordenadora de pastoral carcerária, já não tenho mais a mesma opinião. Não digo esses criminosos, mas sim pessoas, por incrível que pareça. Esses seres humanos devem sim pagar pelos crimes que cometeram, mais me pergunto, de que forma? Trancafiados atrás das grades de uma sela prisional? Longe do convívio social? Será que cadeia ensina alguma coisa pra alguém? Manter esses apenados longe do comvívio social e da realidade lhes ensinará serem pessoas melhores? E com as prisões desses culpados as vítimas terão suas vidas de volta? Acabará a saudade deixada aos familiares por seus entes queridos assassinados? E as cicatrizes externas e internas deixadas nos torturados, se apagará? Amigos(as), a resposta é óbivia, nada acontece, nem por parte das vítimas muito menos por parte dos culpados. Daqui á dez ou mais anos no termino de suas penas, esses culpados estarão com o mesmo penssamento criminoso da época do crime ou muito pior do que isso.
Já passou da hora de haver uma grande mudança na lei. É preciso que haja novas formas de cuprimento de penas, o governo precisa imvestir em escolas de reeducação penais ou criminais, construções de centro de educação e trabalho para que as pessoas que cometam delitos possam viver até o cumprimento de suas penas, mais trabalhando e estudando, aprendendo a valorizar a vida, o respeito à sociedade, o dever e execício da cidadania.
E com tudo isso, ao longo de suas penas, aprender cursos profissionalizantes para que quando em liberdade os mesmos possam ser inseridos no mercado de trabalho dignamente.
Temos hoje só no Estado de São Paulo, cerca de 175.000 detentos. Cada detento, chega custar mais de mil reais mensais aos cofres pulblicos. Se todo esse dinheiro que é gasto em construção de penitenciárias fosse investido em centros de reeducação e trabalho para apenados, com certeza havería uma grande trasfomação do cidadão e não uma promoção do crime.
Aos povos indígenas minhas condolências e descupas por ser filha de um país que não reconhece e não respeita os verdaderios donos dessa terra chamada Brasil.
E aos culpados, também lhes peço desculpas por essa sociedade em geral que também tem uma boa percela de culpa em tudo isso, por esses nossos governos burocratas que não investem em trabalho, cultura e educação para que a população cresça com pespectiva de vida e se faça uma sociedade mais justa, mais igualitária e humanitária, onde não haja tanta criminalidade.
Iva Mendes.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Hóspedes do Planeta Terra/Água.
21/02/2011 | Alfredo J. Gonçalves , CS*
Uma das maiores lições de todo forasteiro é que, no curto período de nossa existência, somos todos hóspedes do Planeta Terra/Água. Homens e mulheres, e todos os seres vivos que se move na face da terra, permanecem sobre ela numa situação de provisoriedade. Outras gerações nos precederam e novas gerações virão depois de nós. Nessa imensa nave circular, seguimos na condição de passageiros. E nossa passagem é transitória, dura apenas algumas décadas, enquanto o planeta acumula milhões de séculos em sua história.
Apesar disso, boa parte dos terráqueos tendem a utilizar os recursos naturais de forma abusiva e muitas vezes irresponsável. O modelo sociopolítico e econômico implantado especialmente a partir da Revolução Industrial e do uso da tecnologia de ponta, com destaque para os países ocidentais, acaba levando adiante um desenvolvimento insustentável, impelido pela ânsia de lucro e centrado na acumulação de capital. A lei férrea do mercado é produzir, vender, consumir, numa espiral crescente que, com a globalização, chega a todos os cantos do planeta. Com essa meta de crescimento a qualquer custo, os meios se impõem por si só, numa tríplice exploração: extorquir até a última possibilidade os bens de que dispõe a terra, sugar até a última gota de suor a força humana de trabalho e saquear o patrimônio cultural da humanidade, longa e laboriosamente conquistado por centenas de gerações.
Há décadas uma nova safra de cientistas, em companhia de inúmeros movimentos sociais, entidades e organizações não governamentais, com destaque para os ambientalistas, veem alertando para a alternativa de que ou salvamos o planeta ou perecemos junto com ele. Prova disso são a emergência e a popularização recentes do prefixo grego bio (=vida) em sua dupla dimensão: por um lado denunciando a agressão humana ao meio ambiente, por outro anunciando a consciência crescente com sua preservação.
O certo é que crescem a cada ano os sintomas da ação humana sobre o Planeta Terra/Água: devastação das florestas e progressiva desertificação do solo; poluição do ar e das águas; extinção de várias espécies de fauna e flora; emissão de gases de efeito estufa, gerando o aquecimento global; elevação do nível das águas dos oceanos; uso indiscriminado de combustíveis fósseis... Daí o crescimento simultâneo de catástrofes que ocorrem de forma cada vez mais freqüente e aleatória: furacões, tornados, tufões, nevascas, estiagens, inundações, e assim por diante.
Entre as instituições alertas a essa agressão do ser humano à mãe Terra/Água, destaca-se a Campanha da Fraternidade da CNBB (CF). Pelo menos em três de suas edições, o tema tem vindo á tona (1979, 2004 e 2001), sempre com a dupla preocupação de aprofundar as causas de modelos econômicos predadores, por um lado, e de buscar soluções para alternativas sustentáveis, por outro. Nesta última CF, de 2011, que tem como tema Fraternidade e a Vida no Planeta, o lema remonta à Carta de São Paulo aos Romanos para insistir que "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22), na esperança de mudanças profundas e urgentes no relacionamento das pessoas entre si e delas com a natureza.
Não dá mais para defender o crescimento a qualquer preço como panacéia para todos os males sociais. Tampouco podemos ter como meta o padrão de vida do Primeiro Mundo, que tem privilegiado as classes ricas do planeta, em detrimento da natureza e da grande maioria da população. Semelhante padrão de consumo põe em risco o ritmo da natureza, além de concentrar a riqueza e o luxo de um lado, e pobreza, miséria e fome do outro. Basta de concentração e exclusão social! Cenários faustosos e ostensivos como o de Las Vegas, Miami, Dubai, Abu Dhai, Qatar, Emirados Árabes, Alphaville e condomínios fechados, entre tantos outros, constituem o retrato vivo dos escândalos modernos ou pós-modernos. Se os colocamos lado a lado com o panorama das favelas e periferias de Ciudad de México, Calcutá, Xangai, São Paulo, Lima, Nairobi, Joannesburgo, e assim por diante, o escândalo torna-se ainda mais gritante.
O desafio hoje é encontrar caminhos para uma nova civilização, onde se leve em conta a primazia do cuidado, da convivência e da defesa de todas as formas de vida, levando em conta a justiça e o direito, a solidariedade e a sustentabilidade do Planeta Terra/Água. Cuidado significa cultivo, preservação, atitude de "bem viver e bem conviver" com as pessoas e as coisas, a biodiversidade e a o universo como um todo. Significa, ainda, a recriação de novos laços, que levem à costura de relações sadias com a natureza humana, vegetal, animal e inorgânica. O primado da exploração e da dissecação em busca do lucro e da acumulação capitalista dá ao primado de uma coexistência pacífica com tudo o que Deus colocou à disposição da vida.
Se a passagem da Idade Média para o mundo moderno representou a transição do teocentrismo para o antropocentrismo (marcadamente machista e patriarcal), hoje talvez estejamos assistindo à emergência de uma espécie de geocentrismo, onde a mãe Terra/Água volta a ser o centro gerador e propulsor da vida em sua diversidade. A palavra de ordem é redescobrir o direito do Planeta, que é ser a mãe de todos os seres vivos.
* Alfredo J. Gonçalves, CS, superior provincial dos missionários carlistas e assessor das pastorais sociais.
Fonte: www.provinciasaopaulo.com
COMENTÁRIOS DOS LEITORES
COMENTE TAMBÉM 27/02/2011 10:26 | iva mendes
Hóspedes do Planeta Terra/Água.
Li o artigo acima e achei muito interessante. Ao mesmo tempo, o artigo acorda em mim uma inquietação que já esxiste há muito tempo e que teima em persistir. Este ano o tema da Campanha da Fraternidade - CF é "Fraternidade e a Vida no Plate". Assim como o tema, a criação geme em dores de parto. Me pergunto no que vai dar essa CF? Acredito que como tantas outros, este é apenas mais um lema para mostrar que o povo se preoculpa com as causas do planeta ou que, como Igreja, estamos fazendo algo em prol do meio ambiente, quando na verdade, nem a Igreja, nem a população mundial tem feito muita coisa. Trabalhamos muito nas campanhas da Fraternidade, mais o fogo, o auge dessa Campanha dura muito pouco e acaba sempre tendo poquissímos resultados.
Vivemos em um universo egoista, onde cada qual tem se preocupado apenas comsigo mesmo. Não está nem ai para o que acontece à sua volta muito menos com as catástrofes do Planeta, ao contrário, contribuem com a degradação ambiental sem se preocupar com o amanhã e com as gerações futuras.
Tenho gritado por socorro, no meu bairro, na minha comunidade, na minha região e onde quer que eu esteja. É um grito sem resposta. Sinto-me tão pequena, de mãos atadas, indefesa e imcapaz diante de tanta crueldade com o Planeta, com a bio-diversidade e desrespeito com a natureza em geral.
Não concordo com esse lema da CF. "Acriação geme em dores de parto"! Deveria ser: "a criação geme em dores de morte". Pois cada dor de um parto é uma preparação para um nascimento,
cada parto, é o nascimento de uma nova vida. E a terra ou seja, o planeta não etá gemendo as dores do nascimento e sim as dores da morte. O planeta está morrendo, nós o estamos matando.
A criação está dando seus últimos suspiuros e em cada suspiro, há um grito de socorro. E eu me alio a este grito, socorro, socorro. O que feremos para salvar o Planeta? Como fazemos? E quando? Socorro, preciso de uma resposta, para que esta inquietude adormaça e meu grito cesse.
Iva Mendes.
Uma das maiores lições de todo forasteiro é que, no curto período de nossa existência, somos todos hóspedes do Planeta Terra/Água. Homens e mulheres, e todos os seres vivos que se move na face da terra, permanecem sobre ela numa situação de provisoriedade. Outras gerações nos precederam e novas gerações virão depois de nós. Nessa imensa nave circular, seguimos na condição de passageiros. E nossa passagem é transitória, dura apenas algumas décadas, enquanto o planeta acumula milhões de séculos em sua história.
Apesar disso, boa parte dos terráqueos tendem a utilizar os recursos naturais de forma abusiva e muitas vezes irresponsável. O modelo sociopolítico e econômico implantado especialmente a partir da Revolução Industrial e do uso da tecnologia de ponta, com destaque para os países ocidentais, acaba levando adiante um desenvolvimento insustentável, impelido pela ânsia de lucro e centrado na acumulação de capital. A lei férrea do mercado é produzir, vender, consumir, numa espiral crescente que, com a globalização, chega a todos os cantos do planeta. Com essa meta de crescimento a qualquer custo, os meios se impõem por si só, numa tríplice exploração: extorquir até a última possibilidade os bens de que dispõe a terra, sugar até a última gota de suor a força humana de trabalho e saquear o patrimônio cultural da humanidade, longa e laboriosamente conquistado por centenas de gerações.
Há décadas uma nova safra de cientistas, em companhia de inúmeros movimentos sociais, entidades e organizações não governamentais, com destaque para os ambientalistas, veem alertando para a alternativa de que ou salvamos o planeta ou perecemos junto com ele. Prova disso são a emergência e a popularização recentes do prefixo grego bio (=vida) em sua dupla dimensão: por um lado denunciando a agressão humana ao meio ambiente, por outro anunciando a consciência crescente com sua preservação.
O certo é que crescem a cada ano os sintomas da ação humana sobre o Planeta Terra/Água: devastação das florestas e progressiva desertificação do solo; poluição do ar e das águas; extinção de várias espécies de fauna e flora; emissão de gases de efeito estufa, gerando o aquecimento global; elevação do nível das águas dos oceanos; uso indiscriminado de combustíveis fósseis... Daí o crescimento simultâneo de catástrofes que ocorrem de forma cada vez mais freqüente e aleatória: furacões, tornados, tufões, nevascas, estiagens, inundações, e assim por diante.
Entre as instituições alertas a essa agressão do ser humano à mãe Terra/Água, destaca-se a Campanha da Fraternidade da CNBB (CF). Pelo menos em três de suas edições, o tema tem vindo á tona (1979, 2004 e 2001), sempre com a dupla preocupação de aprofundar as causas de modelos econômicos predadores, por um lado, e de buscar soluções para alternativas sustentáveis, por outro. Nesta última CF, de 2011, que tem como tema Fraternidade e a Vida no Planeta, o lema remonta à Carta de São Paulo aos Romanos para insistir que "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22), na esperança de mudanças profundas e urgentes no relacionamento das pessoas entre si e delas com a natureza.
Não dá mais para defender o crescimento a qualquer preço como panacéia para todos os males sociais. Tampouco podemos ter como meta o padrão de vida do Primeiro Mundo, que tem privilegiado as classes ricas do planeta, em detrimento da natureza e da grande maioria da população. Semelhante padrão de consumo põe em risco o ritmo da natureza, além de concentrar a riqueza e o luxo de um lado, e pobreza, miséria e fome do outro. Basta de concentração e exclusão social! Cenários faustosos e ostensivos como o de Las Vegas, Miami, Dubai, Abu Dhai, Qatar, Emirados Árabes, Alphaville e condomínios fechados, entre tantos outros, constituem o retrato vivo dos escândalos modernos ou pós-modernos. Se os colocamos lado a lado com o panorama das favelas e periferias de Ciudad de México, Calcutá, Xangai, São Paulo, Lima, Nairobi, Joannesburgo, e assim por diante, o escândalo torna-se ainda mais gritante.
O desafio hoje é encontrar caminhos para uma nova civilização, onde se leve em conta a primazia do cuidado, da convivência e da defesa de todas as formas de vida, levando em conta a justiça e o direito, a solidariedade e a sustentabilidade do Planeta Terra/Água. Cuidado significa cultivo, preservação, atitude de "bem viver e bem conviver" com as pessoas e as coisas, a biodiversidade e a o universo como um todo. Significa, ainda, a recriação de novos laços, que levem à costura de relações sadias com a natureza humana, vegetal, animal e inorgânica. O primado da exploração e da dissecação em busca do lucro e da acumulação capitalista dá ao primado de uma coexistência pacífica com tudo o que Deus colocou à disposição da vida.
Se a passagem da Idade Média para o mundo moderno representou a transição do teocentrismo para o antropocentrismo (marcadamente machista e patriarcal), hoje talvez estejamos assistindo à emergência de uma espécie de geocentrismo, onde a mãe Terra/Água volta a ser o centro gerador e propulsor da vida em sua diversidade. A palavra de ordem é redescobrir o direito do Planeta, que é ser a mãe de todos os seres vivos.
* Alfredo J. Gonçalves, CS, superior provincial dos missionários carlistas e assessor das pastorais sociais.
Fonte: www.provinciasaopaulo.com
COMENTÁRIOS DOS LEITORES
COMENTE TAMBÉM 27/02/2011 10:26 | iva mendes
Hóspedes do Planeta Terra/Água.
Li o artigo acima e achei muito interessante. Ao mesmo tempo, o artigo acorda em mim uma inquietação que já esxiste há muito tempo e que teima em persistir. Este ano o tema da Campanha da Fraternidade - CF é "Fraternidade e a Vida no Plate". Assim como o tema, a criação geme em dores de parto. Me pergunto no que vai dar essa CF? Acredito que como tantas outros, este é apenas mais um lema para mostrar que o povo se preoculpa com as causas do planeta ou que, como Igreja, estamos fazendo algo em prol do meio ambiente, quando na verdade, nem a Igreja, nem a população mundial tem feito muita coisa. Trabalhamos muito nas campanhas da Fraternidade, mais o fogo, o auge dessa Campanha dura muito pouco e acaba sempre tendo poquissímos resultados.
Vivemos em um universo egoista, onde cada qual tem se preocupado apenas comsigo mesmo. Não está nem ai para o que acontece à sua volta muito menos com as catástrofes do Planeta, ao contrário, contribuem com a degradação ambiental sem se preocupar com o amanhã e com as gerações futuras.
Tenho gritado por socorro, no meu bairro, na minha comunidade, na minha região e onde quer que eu esteja. É um grito sem resposta. Sinto-me tão pequena, de mãos atadas, indefesa e imcapaz diante de tanta crueldade com o Planeta, com a bio-diversidade e desrespeito com a natureza em geral.
Não concordo com esse lema da CF. "Acriação geme em dores de parto"! Deveria ser: "a criação geme em dores de morte". Pois cada dor de um parto é uma preparação para um nascimento,
cada parto, é o nascimento de uma nova vida. E a terra ou seja, o planeta não etá gemendo as dores do nascimento e sim as dores da morte. O planeta está morrendo, nós o estamos matando.
A criação está dando seus últimos suspiuros e em cada suspiro, há um grito de socorro. E eu me alio a este grito, socorro, socorro. O que feremos para salvar o Planeta? Como fazemos? E quando? Socorro, preciso de uma resposta, para que esta inquietude adormaça e meu grito cesse.
Iva Mendes.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O 13º SALÁRIO NUNCA EXISTIU
Agora descobri o por quê nos países Europeus e nos EEUU, o pessoal recebe por semana! E nós “Brasitrouxas”, dormimos no barulho destes políticos.
Os Ingleses recebem os ordenados semanalmente!
Mas ... há sempre uma razão para as coisas - e os ingleses NÃO FAZEM NADA POR ACASO!!!
Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.
Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos (lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas brilhantes teorias...
Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º salário.Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
Perguntarão porquê. Respondo: Porque o 13º salário não existe.
O 13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema capitalista, é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.
Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.
R$ 700 X 12 = R$ 8.400,00
Em Dezembro, o generoso patrão manda então pagar-lhe o conhecido 13º salário. É lei...
R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00
R$ 8.400,00 (Salário anual) + R$ 700,00 (13º salário) = R$ 9.100 (Salário anual mais o 13º salário)
O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.
Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer uma simples conta que aprendeu no Ensino Fundamental:
Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.
R$ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = R$ 175,00 (Salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$ 9.100,00.
R$ 175,00 (Salário semanal) X 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100.00
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário
Surpresa, surpresa? Onde está portanto o 13º Salário?
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse fato simples.
A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.
Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.
Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes. Não existe nenhum 13º salário. O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.
Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.
Cada país tem o governo que merece!
Brasil - Laboral/Economia
Diário da Liberdade
Os Ingleses recebem os ordenados semanalmente!
Mas ... há sempre uma razão para as coisas - e os ingleses NÃO FAZEM NADA POR ACASO!!!
Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.
Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos (lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas brilhantes teorias...
Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º salário.Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
Perguntarão porquê. Respondo: Porque o 13º salário não existe.
O 13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema capitalista, é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.
Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.
R$ 700 X 12 = R$ 8.400,00
Em Dezembro, o generoso patrão manda então pagar-lhe o conhecido 13º salário. É lei...
R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00
R$ 8.400,00 (Salário anual) + R$ 700,00 (13º salário) = R$ 9.100 (Salário anual mais o 13º salário)
O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.
Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer uma simples conta que aprendeu no Ensino Fundamental:
Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.
R$ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = R$ 175,00 (Salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$ 9.100,00.
R$ 175,00 (Salário semanal) X 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100.00
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário
Surpresa, surpresa? Onde está portanto o 13º Salário?
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse fato simples.
A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.
Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.
Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes. Não existe nenhum 13º salário. O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.
Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.
Cada país tem o governo que merece!
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