domingo, 1 de abril de 2012

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“........ Amyra El Khalili, fez críticas contundentes as empresas privadas que utilizam as causas ambientais como marketing. "Precisamos colocar em primeiro lugar o humano, o ambiente. Não o produto ou lucro da empresa. A empresa só 'esverdeia' o capital e chama isso de 'marketing verde'", condenou. Logo após, Amyra citou como referência a participação que teve na revista da ESPM com a pauta "Sustentabilidade: há sinceridade nisso?". E explica que "se a escola que é referência dos publicitários duvida da sinceridade destas palavras nas propagandas de marketing, ninguém deveria acreditar."...”

“...No segundo painel, sobre Educação Ambiental e a conscientização pública para a preservação, Apolo Heringer Lisboa - representante do Projeto Manuelzão - foi o primeiro a se pronunciar. Para ele , a sociedade moderna é a causadora dos danos, foi dela que partiu a cultura errada de não preservação da natureza "Não foram os índios que poluíram o rios, e sim os engenheiros!", contestou. ....”

“...A próxima palestrante foi a Gerente Nacional de Meio Ambiente da Caixa Econômica Federal, Maria Luisa Alvim Motta. De acordo com ela, 2% dos lucros da Caixa são revertidos em projetos ambientais - no ano de 2010, foram 38,7 milhões. Entre eles, está a despoluição do Rio Sorocaba com 7 estações de tratamento. ...Além disso, a Caixa também cria incentivos para que as empresas estejam em conformidade com as leis das práticas sócioambientais. Empréstimos acima de 10 milhões só serão autorizados com vistoria e adequação prévia. Assim como os imóveis - que representam 21% do consumo de água - só poderão ser financiados se não apresentarem nenhum tipo de consumo excessivo de recursos hídricos e energéticos...”

Portal da ESPM de Jornalismo

Produção dos alunos de Jornalismo da ESPM-SUL

A tarde em PAUTA

II Figa aborda importância da preservação da água

Escrito por Carolina Hickmann (1º semestre)

Sex, 23 de Março de 2012 18:43

Simultaneamente ao Dia Internacional da Água, ocorreu o segundo Fórum Internacional de Gestão Ambiental - II FIGA. O evento teve como tema "Água e Comunicação: uma relação vital". A iniciativa foi realizada na Assembleia Legislativa de Porto Alegre, nos dias 21, 22 e 23 março.

No dia 22 de março, o primeiro painel da tarde foi sobre as responsabilidades socioambientais das empresas na gestão das águas. Os painelistas ressaltaram a importância de utilizar de maneira sábia os recursos naturais e promover o esclarecimento sobre estes.

A Fundadora da Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais, Amyra El Khalili, fez críticas contundentes as empresas privadas que utilizam as causas ambientais como marketing. "Precisamos colocar em primeiro lugar o humano, o ambiente. Não o produto ou lucro da empresa. A empresa só 'esverdeia' o capital e chama isso de 'marketing verde'", condenou. Logo após, Amyra citou como referência a participação que teve na revista da ESPM com a pauta "Sustentabilidade: há sinceridade nisso?". E explica que "se a escola que é referência dos publicitários duvida da sinceridade destas palavras nas propagandas de marketing, ninguém deveria acreditar."

Quando questionada sobre como uma empresa privada poderia fazer uma gestão ambiental sem ser para seu proveito próprio, Amyra respondeu que somente "seria possível se a empresa desse ouvidos somente a comunidade e não a uma empresa de marketing. Imagem deveria ser consequência, e jamais meta." A economista também defendeu que para a construção de uma economia socioambiental, é necessária uma nova consciência para o mercado, fazendo este ter a base forte na educação, comunicação e informação.

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Painelistas ressaltaram a importância de utilizar de maneira sábia os recursos naturais/Foto: Carolina Hickmann

O Gerente de Qualidade e Meio-Ambiente da Celulose Riograndense Ltda, Clóvis Zimmer, disse que hoje a empresa está presente em 41 municípios com seus hortos florestais. Contou que a meta da empresa é produzir mais com menos recursos. E um dos principais insumos da empresa é a água. A empresa utiliza o conceito de Fábrica de Mínimo Impacto, usando tecnologias de baixo consumo de água, de tratamento de afluentes de alta performance e também estabelecendo indicadores para monitoramento. Com estes cuidados, a redução do uso de água foi de 33%.

Já a Fundadora da ONG Associação Amigos do Futuro, Rejane Pieratti, trouxe dados alarmantes. Como o fato de 2 bilhões de pessoas não disporem de água potável. A estimativa da ONU é mais preocupante ainda. Segundo a Organização das Nações Unidas dentro de 25 anos este número irá dobrar. Além disso, 30% das Bacias Hidrográficas já perderam mais da metade da cobertura vegetal original, o que faz com que a água da chuva escoe pela superfície não permitindo o armazenamento no lençol freático.

Segundo Rejane, é da cultura popular pensar de forma imediatista. "Do rio eu tiro o que preciso e rio abaixo eu jogo o que não precisarei mais". Ela alerta que é necessário mudar este pensamento imediatamente e ressalta que só será possível com a ajuda dos veículos de Comunicação e profissionais da área educacional "A sociedade precisa entender o seu poder e executá-lo", explicou.

A próxima palestrante foi a Gerente Nacional de Meio Ambiente da Caixa Econômica Federal, Maria Luisa Alvim Motta. De acordo com ela, 2% dos lucros da Caixa são revertidos em projetos ambientais - no ano de 2010, foram 38,7 milhões. Entre eles, está a despoluição do Rio Sorocaba com 7 estações de tratamento.

Além disso, a Caixa também cria incentivos para que as empresas estejam em conformidade com as leis das práticas sócioambientais. Empréstimos acima de 10 milhões só serão autorizados com vistoria e adequação prévia. Assim como os imóveis - que representam 21% do consumo de água - só poderão ser financiados se não apresentarem nenhum tipo de consumo excessivo de recursos hídricos e energéticos.

No segundo painel, sobre Educação Ambiental e a conscientização pública para a preservação, Apolo Heringer Lisboa - representante do Projeto Manuelzão - foi o primeiro a se pronunciar. Para ele , a sociedade moderna é a causadora dos danos, foi dela que partiu a cultura errada de não preservação da natureza "Não foram os índios que poluíram o rios, e sim os engenheiros!", contestou.

Apolo também criticou o egocentrismo do homem, que chega ao ponto de esquecer que não se pode viver se não for integradamente com todas as demais espécies e com total respeito ao planeta. "O espelho d'água mostra a nossa cara", afirmou.

A presidente do Instituto de Estudos Culturais e Ambientais - IECAM, Denise Wolf, desenvolve projeto com aldeias Guaranis no Rio Grande do Sul. Contou que há similaridades entre a cultura Guarani e as metas da Educação Ambiental, como a relação de respeito a natureza, visão sistêmica e valores humanos. Defendeu que por estas similaridades eles não querem desenvolvimento e sim sustentabilidade, argumentando que é necessário haver respeito às especificidades culturais, as diferentes demandas e as realidades locais. "Sustentabilidade para eles é algo espiritual, não material".

Última atualização em Sex, 23 de Março de 2012 18:57

II FIGA discute gestão das águas

Escrito por Marcelo Farina (3º semestre)

Sex, 23 de Março de 2012 16:59

O II Fórum Internacional de Gestão Ambiental (FIGA), promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, trouxe o tema “Água e Comunicação: Uma relação vital”. A escassez de água e o papel dos meios de comunicação em sua preservação foram debatidos por especialistas em evento realizado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, dos dias 21 a 23. O primeiro painel foi “Gestão de recursos hídricos no Rio Grande do Sul”, que apontou as falhas da administração pública com os recursos naturais.

Os palestrantes da ocasião foram: O Promotor do Ministério Público (MP), Alexandre Saltz; O Analista Ambiental do IBAMA, Tarso Izaía; A geógrafa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Elaine Regina Oliveira dos Santos; O Major do Comando Ambiental da Brigada Militar, João José Corrêa da Silva.

Alexandre Saltz iniciou agradecendo a oportunidade recebida pela ARI e salientou o papel da imprensa para a conscientização da sociedade. “O jornalismo tem responsabilidade na construção de um futuro melhor. Esse evento reforça a proximidade que há entre o setor da comunicação e o do meio-ambiente”. Ele reiterou que são necessárias atitudes e não apenas discursos. “Tem muita gente que repete a mesma coisa. Tem que acreditar naquilo que se fala. Eu acredito”, afirmou.

Saltz reclamou do fato de as leis ambientais não serem levadas a sério. “Pessoas querem flexibilizar leis de direito ambiental, mas ninguém fala em flexibilizar seus próprios direitos. Isso é um egoísmo social muito grande”, concluiu. Ele reiterou diversas vezes que o governo deveria interferir mais na questão e se questionou. “É possível recuperar o Arroio Dilúvio e o Rio dos Sinos? Pelos meios tecnológicos que temos sim. O que falta é vontade política”, criticou. Para Alexandre, a escassez de água vem avançando de geração em geração e não deve ser encarada como fenômeno da natureza. “O problema não é a falta de chuva e sim a gestão. São poucas as políticas públicas que incentivam a preservação da água quando ela é escassa. Não há atuação afetiva. Não é uma questão jurídica e sim sociocultural. A origem é a falta de gestão”, reafirmou.

Descrição: Descrição: Descrição: Especialistas debatem sobre gestão das águas/Foto: Carolina Hickmann

Especialistas debatem sobre gestão das águas/Foto: Carolina Hickmann

A segunda a palestrar foi a geógrafa Elaine Regina Oliveira dos Santos, que também não poupou os atuais modelos de gestões hídricas e orientou todos a economizarem. “A lei estabelece que a água é um recurso natural. Para fazer gestão, temos de saber que em determinadas épocas do ano, ela não vai estar tão disponível”, alertou. Elaine acredita que o povo deveria fiscalizar mais a administração dos bens naturais. “A sociedade tem voz para falar, opinar, aprovar ou não a gestão das águas”, salientou.

O próximo especialista a se pronunciar foi o Superintendente do IBAMA, Tarso Izaía. Ele reforçou a tese de que a água deve ser bem gerida por todos os cidadãos. “Ela pertence ao poder público. Sua gestão tem de ser descentralizada e participativa. Precisamos eliminar hegemonias de setores. A participação da sociedade nos comitês tem poder decisório”, avaliou. O futuro desse recurso deve ser a pauta das ações do estado. “Nossas políticas públicas não podem deixar de lado algumas consequências que ainda não estão acontecendo”, declarou.

O Major do Comando Ambiental da Brigada Militar, João José Corrêa da Silva, foi o último do painel a se manifestar. Ele explicou as ações que sua corporação promove na tentativa de salvar o ambiente. “O nosso trabalho é de educação ambiental e fiscalização. 50% para cada lado. A polícia ostensiva tem como objetivo preservar as gerações futuras”, relatou. O Major afirmou que o batalhão criou uma metodologia de trabalho de campo, apenas para reparar crimes ambientais.

Terminadas todas as apresentações, foi aberto um espaço para que os palestrantes respondessem a perguntas da plateia. Adelaide Pinto, educadora ambiental, concorda com as visões expostas no painel. “Foram muito valiosas as observações dos convidados. É exatamente isso. Temos que cuidar da água, porque daqui a pouco podemos não tê-la mais”, entendeu.

Última atualização em Sex, 23 de Março de 2012 17:27


Presidente da Assembleia fala sobre gestões hídricas

Escrito por Marcelo Farina (3º semestre)

Sex, 23 de Março de 2012 18:36

O II Fórum Internacional de Gestão Ambiental (FIGA) promoveu a Conferência Gestão dos Recursos Hídricos no Rio Grande do Sul com o Presidente da Assembleia Legislativa do estado, Alexandre Postal. O deputado fez um discurso em defesa do consumo racional de água e sintetizou a importância do Fórum para a sociedade.

O deputado assumiu a responsabilidade do governo pela preservação da água e admitiu dificuldades enfrentadas. “O estado é detentor do domínio das águas e compartilha isso com a população. Não há mais como retirar do nosso calendário a ocorrência de estiagem ou seca. Em 2005 ou 2006, trouxeram perdas implacáveis”, destacou. Postal citou compromissos que ainda estão pendentes. “Faz parte do papel de nossos administradores, a pauta tão conhecida que é o saneamento básico”, afirmou. Ele também disse que o número de esgotos tratados ainda é muito baixo no país.

O Presidente da Assembleia Legislativa também ressaltou a abundância de recursos naturais existentes no país. “O Brasil é o país mais rico em recursos hídricos. O segundo é a Rússia, que tem o equivalente a 55% das águas brasileiras”, relatou.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Presidente da Assembleia, Alexandre Postal, discursa no II FIGA/Foto: Carolina Hickmann

Presidente da Assembleia, Alexandre Postal, discursa no II FIGA/Foto: Carolina Hickmann

O deputado falou sobre o Código de Meio Ambiente e algumas outras iniciativas do estado de preservação. Ele também salientou a importância dos veículos de comunicação nesse sentido. “Disseminação das informações. A mídia tem o principal papel. Deve orientar a sociedade”.

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